Meus amigos sempre fizeram questão
de me dizer que vivo no mundo da lua, eu rebatia esta afirmação e respondia:
“na verdade, eu vivo em dois mundos: o meu e este daqui”.
Mas, na verdade, não existe apenas
um mundo, ou dois como eu penso, descobri e foi uma descoberta bem óbvia: o ser
humano é um “Huniverso” com H maiúsculo.
Não
existe apenas um mundo, são vários: o mundo que você vive com sua família, o
mundo que você vive com seus amigos, o mundo que você vive em seu ambiente de
trabalho...
Imagine
a terra, ela está enquadrada, perfeitamente, neste seu universo e gira em torno
do sol, exatamente, o sol aquele que alimenta a terra de luz e calor, que faz
as criaturas crescerem, que aquilo que deve florescer floresce, por causa desta
luz, deste calor, por causa deste sol. E o sol não é nada mais nada menos do
que aquilo que nos alimenta, um desejo, uma conquista, um amor, a satisfação, o
sucesso... enfim, você gira em torno dele, deste sol.
Porém, às vezes, nos distanciamos do
sol, vamos para um planeta mais distante procurando por algo, ou alguma coisa,
ou simplesmente por que queremos. Interessante pensar que se nos distanciarmos
demais do sol vamos congelar e tudo aquilo que fazia nosso planeta rico não
florescerá, não crescerá! Mas, e se seguíssemos em direção ao sol, sem óculos
escuros, protetor solar, guarda sol, e se fizéssemos isto só por birra, ou
então, pela necessidade absoluta e intensa de calor, de luz? É certo, seríamos
incinerados pelo poder absurdo e insano daquilo que nos faz girar e nos faz
crescer. Falo assim, meus amigos, por que já me queimei demais com o sol e já
fiquei cega com esta intensa luz, mas não faz mal, não, não faz.
Aprendi que meu lugar é exatamente
este, nem perto demais, nem longe demais. Meu lugar é onde as plantas crescem,
mas é claro, sem esquecer que para isto preciso planta-las. Mas, isto não quer
dizer que eu não possa dar minhas voltas pelo” Huniverso”.
No meu “Huniverso” tem planetas que
não servem para cultivar jardins, vou fazer o seguinte: se eu quiser dar uma
volta pelo meu “Huniverso”, só para garantir, vou carregar embaixo do braço, aonde
eu for, uma muda de rosa amarela se ela reluzir é ouro e é aí onde eu posso
ficar, mas se ela começar a murchar dou a mão a primeira estrela cadente e
volto, volto pra cuidar dela e volto sabendo onde meus pés não voltarão a
pisar.