Quem sou eu

Minha foto
Estudante de Jornalismo, taurina e fã do Paul Morel. (Tudo que você precisa saber)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Damião E Maria

Damião comia Maria aos poucos. Sentia-se entorpecido pelo cheiro de prostituta, que a mulher exalava ao chegar em casa. Tarde da noite, Maria chegava comida várias e várias vezes por homens na rua. Damião não admitia, mas adorava o gosto de Maria, o sabor de mulher usada que ela tinha a noite.
Maria não queria que Damião soubesse que ela sabia. Ao chegar em casa logo começava seus comentários lascivos, que fascinavam Damião.
- Hoje foram três, um até me irritou. Ele queria me comer junto com o amigo dele e tu sabe Josilene, que desse jeito esculhamba é tudo. – Falava Maria, para sua amiga imaginária ao telefone. Perto da porta do banheiro, enquanto Damião urinava.
Damião ficava louco, primeiro de ciúmes depois vinha o tesão. Ele se demorava um pouco mais no banheiro e então, saia à procura da mulher.
Na cama chamava Maria de prostituta e a maltratava, mas Maria adorava. Ele a puxava para si, a enterrava na cama e a sufocava com seu peso. Apanhava seu queixo com a mão direita e gritava:
- Filha da puta – Com a boca cravada em seus lábios, sugando o ar que já faltava à Maria.
Pressionava sua perna contra o sexo da outra, que gemia e insistia em mentir dizendo que não queria. Maria se chocava, se tremia, se perturbava. O suor lhe percorria o corpo. Caia de seu pescoço, chegava aos seus seios e Damião o bebia. Nos últimos momentos chamava Maria de prostituta, enquanto ela gritava com o sorriso estampado nos lábios.
Logo pela manhã Maria saia de casa, com uma saia curta e batom vermelho espalhados acintosamente pelos lábios, dizendo a Damião que ia à casa da tal Josilene. Damião ainda fingia reclamar das roupas da mulher, então Maria gritava da porta:
- É que de lá eu vô trabalhá hômi.
Ela levava uma sacola consigo, não passava na casa de Josilene, na verdade ia até a casa de Zélia. Lá ela retirava a maquiagem e vestia a roupa de doméstica, enquanto Zélia falava:
- Ô mulhe, quando é eu tu vai fala pro Damião que largo a vida? Já faz dois mês. – Ela balançava a cabeça sem acreditar que Maria achava melhor deixar desse jeito.
- Tá loca Zéza, bom tá do jeito que tá!