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Estudante de Jornalismo, taurina e fã do Paul Morel. (Tudo que você precisa saber)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Mais um Oi pra vocês.


- Oi!
- oi.
- Sabe o que me perguntaram hoje?
- o que?
- Se me importo?
- ...
- Hei!
- Oi.
- Eu me importo, me importo, sim. Mas, para mim, apenas as opiniões das pessoas que me importam me incomodam.
- Eu te incomodo?
- Queria que você se importasse mais do que me incomoda.
- Eu te incomodaria menos, assim?
- Não.
- Eu me importo, o problema é que você me incomoda tanto que tenho medo de demonstrar. - !!!
- Tá rindo porque?

- Que bom, que de um jeito ou de outro, eu não vou deixar de te incomodar! 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Os cinco sentidos e os provérbios.




Quem tem boca vai à Roma, quem usa os dois ouvidos dá a volta ao mundo!
Quem enxerga bem vai longe! Não falta trabalho pra quem está disposto a usar os dois braços!
Pois bem, o que, então, eu faço com o meu nariz? Só sei que não posso mete-lo onde não sou chamada, conclusão?
Use seu nariz pra respirar, dizem que ele foi feito pra isso.
- E o olfato Su, o que eu faço com o olfato?
- Simples, escolha um bom perfume com ele.
- Só isso?
- Claro que não, faça questão de mete-lo onde for chamado. Aproveite e cheire, e trabalhe, e vá à Roma, e dê a volta ao mundo. Quer saber de uma coisa? Aproveite pra ir pra bem longe, quando for chamado.

sábado, 15 de outubro de 2011

SE, EU ADORO ESSA PALAVRA! SÓ SE DER PRA BRINCAR!


Quando Carlos entrou no bar foi logo pedindo:
- Uma dose de whisque, mas com pouco gelo. Se não estivesse fazendo tanto calor pedia um cowboy.
A garçonete já conhecia o pedido, o cliente e o mau humor. A garota caminhou em direção ao balcão e ela própria serviu a dose de seu cliente preferido.
- Tá aqui Cacá, duas pedras pequenas de gelo. Do seu gosto?
Carlos sorriu, a ruiva era encapetada, fazia cara de esnobe o tempo todo e parecia que não ia com a cara dele. Mas Cacá gostava dela, ele gostava do olhar e do cheiro adocicado que ela deixava quando passava pela sua mesa.
 - A dose perfeita! Garota, se eu desse em cima de você, você sairia comigo?
- Se você desse em cima de mim enquanto eu trabalho eu chamaria o gerente.
- Se eu desse em cima de você fora do bar?
- Se você desse em cima de mim fora do bar teria que esperar o meu expediente acabar e você nunca fica até o bar fechar.
- Se você me desse seu telefone eu não precisaria esperar.
- Se você esperasse eu até que pensaria na possibilidade de te dar meu telefone.
- Se eu esperar eu pego seu telefone e você aceita uma carona pra casa?
- Se você esperar e me oferecer uma carona pra casa não vai poder beber essa dose de whisque. Não entro no carro de ninguém que está bebendo.
- Se você aceitar minha carona pra casa, agora, eu jogo essa dose de whisque fora.
- Se você não beber não vai poder ficar no bar e o gerente vai me culpar por isso.
- Garota, eu odeio essa palavra, este SE. Eu VOU te esperar, NÃO vou beber o whisque e VOU te dar carona pra casa.
- Você não vai poder ficar no bar se não beber.
- Garota, quanto tempo eu levo pra beber uma dose de whisque?
A ruiva se inquietou, ela sabia quanto tempo, Cacá era como um reloginho.
- Fala, eu sei que você sabe!
- Treze ou quinze minutos.
- Então, de quinze em quinze minutos pode trazer uma dose nova de whisque.
- Não entro no carro de quem está bebendo!
- Quem disse que eu vou beber?
Era um prazer pra Cacá ver a ruiva ir e vir de quinze em quinze minutos trazendo e levando as doses de whisque. Quanto mais o tempo passava mais o sorriso da ruiva crescia e ela só começou a tirar os copos velhos e ainda cheios da mesa, quando não cabia mais nenhum nela.
 Quando o bar fechou Cacá a estava esperando na porta.
- Vamos?
A ruiva parou, sorriu e disse:
- Você podia ter bebido suco, refrigerante, água...
- Se eu tivesse feito isso você não sorriria daquele jeito.
- Pensei que você odiasse essa palavra.
- Odeio sim. Mas, às vezes, a gente tem que usar. Concorda?
- Se você for me dar carona tem que ser agora, estou cansada!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mistura, Música!

Só digo uma coisa: “Vital e sua moto”, em um “Tudo Azul”, procurando “Um certo alguém”. Pobre Vital de “Óculos”, “Seguindo estrelas” atrás de um “Romance Ideal”. “Longe de cara”, “Longe de tudo”, Vital ainda não sabe, mas “Mariana foi pro mar”. Peraí, essa Mariana não é A-ydar. “Ela faz cinema” e “Ela é dançarina”. Vital só tem “Dezesseis” mesmo assim, ele não desistiu, ele subiu “A Montanha” e encontrou “No meio de tudo, você”, não, você não, na verdade, Mariana que não é A-ydar. “ Boas Novas” pra Vital que disse baixinho: “Minha flor, meu bebê”. E pra ser direto, na verdade, “Pra ser sincero” pra quem estava “Sem saber pra onde ir” naquela “ Tarde Vazia”, Vital acabou achando Mariana que não é A-ydar mas, que é cheia de “Beleza” e pratica o “Candoblé”. Enfim, Vital e Mariana, assim como, “Eduardo e Mônica”“ trocaram telefone depois telefonaram e decidiram se encontrar”. No mais: “ Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?” (nas canções, letras e bandas brasileiras?).


 Meus Sinceros agradecimentos aos Paralamas, Lulu Santos, Mariana que é a Aydar, Legião Urbana, Cazuza, IRA!, Engenheiros do Avaí, e enfim, não posso esquecer do Chico aquele o Buarque de Holanda.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

NÃO≠SIM=TRÊS






Não, esta palavra já me assustou tanto...
Hoje ela é só uma palavra, uma simples palavra com três letras.
Três letras, talvez, três batentes, ou, então, três lances de escada, pode até ser, um muro de três metros, quem sabe, um edifício de três andares.
Mas, verdade, verdade? Ela é só uma palavra com três letras!
Assim como o sim que também tem três letras, ou seriam três batentes, ou, então, três lances de escada, pode até ser, um muro de três metros, quem sabe, um edifício de três andares.
Mas, verdade, verdade?
SIM, eu subo os três batentes, os lances de escada, pulo o muro e lá, no terceiro andar daquele edifício de três andares eu enxergo o mar, ou qualquer coisa que um dia eu sempre quis enxergar!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

- Um FDP Clécia, um FDP! (Diálogo de um ser apaixonado)

(Pra mim paixão tem cheiro de Dolce & Gabbana)


-Os outros até que era bom Clécia, até que era bom! Sabe o que ele fez Clécia, sabe o que ele fez?

- ...?

- Pois foi, Clécia. Clécia, pois foi!

- ...!?

- Os outros me pegaro Clécia, me afolozaro Clécia. Tá ouvindo Clécia?

- .

- Pois Clécia, ele não. Eu tava lá, eu tava toda doída, eu tava sangrando, eu tava chorando, ô eu tava dormindo. Lembro não Clécia, Lembro não. Mas foi. O FDP tinha q fazer Clécia, ele me pego no braço, minha cabeça foi pra trás, era tanta dor Clécia, era tanta dor. Mas foi. Ele me levo, me deito numa mesa e me lavo. FDP Clécia, um FDP!

- ?...

- Ele me lavo, Clécia. Passo sabão ne mim, lavo meu cabelo, esfrego minhas coxa, passo água ne mim toda. Um FDP Clécia, um FDP! Me enxugó, era um pano macio Clécia, uma toalha branca Clécia, nunca tinha visto coisa tão branca, Clécia. Por quê o FDP fez isso, Clécia? Por quê?

- ?!...

- Pois foi Clécia, foi assim. E depois Clécia, sabe o que ele fez? Ele beijo minha cabeça, o FDP beijo minha cabeça. Que ódio Clécia, que ódio, que raiva dele Clécia. Beijo minha cabeça e foi embora Clécia. Me limpo e foi embora Clécia. Sabe o que mais Clécia? Eu num sei não. Sei não. Me beijo a testa e foi embora, me lavo e foi embora. Clécia, tá me ouvindo?

-...


A paixão é uma prostituta, prostituta do amor e prostituta por que é marginal. O amor até pode vir junto com a paixão, mas quando ele vai embora só fica a paixão, a paixão com sua dor e com sua ira.

Só quem já sentiu entende!

domingo, 24 de julho de 2011

TALVEZ, o problema seja só o VERBO! MALDITOS VERBOS! BENDITOS VERBOS!


Eu acho, pelo menos, acredito que o grande problema das pessoas é que elas deixaram de se escutar. OK, eu explico!
Você já debulhou seus feijões, ops, lamurias em frente ao espelho? Já falou tudo o que tinha que falar para si, exatamente, para si? Posso falar? Pois bem, é uma equação simples: Quem resolve seus problemas é você, quem pode mudar sua vida é você. Então, me explique, por que ou então, em qual momento você parou de se escutar?
Nas minhas primeiras seções de terapia eu falava, eu falava muito, eu falava demais, eu falava tanto, bem deu pra entender, mas sim, eu falava tanto que aprendi a me escutar durante a terapia. Eu comecei a me questionar nas seções de terapia e digo com sinceridade: “Minha voz é bonita pra caramba, mas ela ficou mais bonita depois que eu passei a escuta-la.”.
Só deixo aqui uma dica: Qual é o verbo que você usa mais? Sabe, às vezes a gente começa errando aí. Talvez você só esteja conjugando o verbo errado, repetidas e repetidas vezes.
Às vezes em vez de: “Eu Quero!” Você deva começar a dizer: “Eu preciso!” ou então, “Eu tenho!”.
À Vezes em vez de: "Não posso!" Você deva começar com: "Eu consigo!"
Foi como eu disse quem resolve seus problemas é você, então, é melhor, primeiro, começar sabendo o que você precisa mudar ou então, fazer!

É dificíl pra caramba, mas é ótimo saber o por que, ou o que, em vez de ficar no:
"Que droga, eu não consigo!"

terça-feira, 19 de julho de 2011

DIA DO AMIGO





Amanhã é dia do amigo então, dedico este post àqueles que estão comigo.
Lendo e relendo besteiras, coisas fúteis e até as mais embasadas obras clássicas da literatura tive contato com as mais variadas explicações sobre o que viria a ser amizade, tudo bem, nem tão embasadas assim, nem tão clássicas assim. Mas, para mim, amizade pode ser descrita de várias formas, porém, existe uma única, uma que eu adoro, uma que foi feita para mim:
“Amigo serve pra proteger a gente da gente.”
Por isso, se eu gritei com você, se eu disse coisas que você não queria escutar, se eu te machuquei e você achou que eu estava te machucando, bem, eu fiz tudo isso por que queria teu bem.
Não sou de alisar, não dou tapinha nas costas, talvez eu até faça isso algumas vezes, mas só pra você, meu amigo, entender: Uma palavra de carinho também deve ser dita.
Você pediu meu conselho e eu dei, você pediu minha palavra e eu dei, mas se às vezes elas mais pareciam um tapa na cara é por que, talvez, naquele momento, você precisasse acordar e nada melhor que um belo tapa amigo para que isso aconteça.
Bom, se eu abri teus olhos ou não, tenho certeza de que, pelo menos, cumpri meu papel.
E então, faço aqui um pedido, se eu precisar acordar estou pronta para receber seu tapa.
Mas, olha lá, faz com carinho! Afinal, meus tapas são, em sua maioria, aveludados.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

OS Cs, Ms, As, Es e o TEMPO da Vida.





Sabe quando acontece os momentos Ms: de Mudança, Morbidez, em que você perde o A da questão: “Aprazibilidade”, Alegria, o Apetite, daí, sua vida meio que fica um C: Confusa, Complexa, Conturbada. Nesses momentos você Para, Pensa, se Penaliza. Porém, nesses momentos é que se chega a decisão de mudança verdadeira, o M vira: Meditação, o C vira: Coerência e tudo isso, por que você percebeu que o A da questão era chegar a decisão da Autossuficiência.
Mas, a gente sempre acaba no E: Exagero, ou na falta de E: Estímulo e daí, você diz: - Eu tô Estressada, deve ser isso! Daí, você cai, na pior das letras, no V: Vida, e diz:- Minha Vida Vai e Volta, mas o que Valeu a Pena?! E então, a gente sempre volta ao P: Passado, Presente e no final diz:- PQP! Mas, qual o Q da questão?: Quero! - Eu Quero! E o PQP vira: Preciso e Quero Perdoar. A ninguém, na verdade, a mim mesma. A mim mesma por ter perdido a verdadeira noção da palavra: TEMPO.
Mas, na verdade, eu quero dizer: Tento, Escuto, Medito, Procuro e no final, sempre, Sinto melhor os Ms, curo os Cs, dou um stop nos Ps e enfim, a Vida Vai e Volta, e eu posso dizer:
- Valeu a Pena!
Por que nem sempre as coisas acabam como, supostamente, deveriam, ou gostaríamos e TEMPO vira: TEMPS. Pode soar estranho, mas, pelo menos, soa verdadeiro.



(Escrevi isso Domingo. Mas, ainda acredito. Será?)

domingo, 19 de junho de 2011

Doce? Pra quê Doce?




Gosto de meu whisky puro, do vinho seco, de vês em sempre chileno, seco, denso, aveludado, porém, seco.
Gosto dos temperos fortes, do sabor marcante e do odor salivante. Doce? O doce vem no final de tudo, já estamos satisfeitos, o doce vem por gula.
Gosto de colocar pimenta em tudo. Gosto do sabor ácido, porém, acetinado. Como? Por que não?
Já pensaram? O doce enjoa, o doce tem que ser na medida certa, o doce só é bom ao final de tudo. (de tudo mesmo)
Doce engorda mais que qualquer coisa, porém, sem o doce fica faltando algo, sempre fica. Na verdade, aquela sensação, a sensação de satisfação, de... vocês sabem.
Mas que venha no final, que venha na medida certa, na dose certa.
Pois então, que venha o Vinho do Porto, denso, doce (extremamente doce, diga-se de passagem) e digestivo. Por que o Vinho do Porto? Simples, ele envolve seu estômago e te aquece, e o melhor de tudo, ele é forte, marcante. Mas, como tudo na vida, tem que ter a medida certa, o Vinho do Porto embriaga e os temperos fortes provocam gastrite.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Remorso?




Eu tenho que ser sincera, a sinceridade é um dom e a mentira também.
Não sou dada a sentimentalismos, vocês não acreditam? E eu ligo?
Na verdade, não sou nem um pouco sentimental, a não ser quando o assunto é comigo mesma. Em frente ao espelho, face to face!
Olhando dentro desses dois lindos olhos castanhos claros, que papai e mamãe fizeram tão bem.
A sinceridade não é remédio, não é bonita, ela ilumina e, às vezes, na verdade, muitas vezes, mágoa. Acredito até que a sinceridade serve para duas coisas: elucidar e magoar. Vamos lá gente, quem precisa ser elucidado provavelmente vai se magoar com a verdade. É uma conta certeira, leve um e pague dois. Vai dizer que não se paga caro para ser elucidado e ao mesmo tempo magoado?
Mas a mágoa é necessária, assim como o remorso. Você não acha?
O remorso serve para termos a lembrança do erro, porém, o perdão serve para curar o remorso. É como tomar um comprimido para gastrite que dá dor de cabeça, então, é necessário tomar outro comprimido para curar a dor de cabeça. Ou será o contrário?
Quem tiver gastrite que se manifeste.
Tudo isso por um simples motivo:
O mal é um bem necessário.
Ultimamente, venho me deparado com as dificuldades, as minhas e as alheais.
Devo dizer que o ser humano é único. Melhor, o ser humano é um só. Gente, que coisa complicada. Único na face da terra cuja memória é seletiva e todos nós só selecionamos o que a de pior. Me incluo nisso. Meu remorso é uma metralhadora que dispara a mil por hora. Indiscutivelmente, ela sempre vive apontada para o espelho. Às vezes, ela passeia por aí e aponta para o céu e a terra. Tudo bem! Sou humana, se fosse santa, do jeito que a igreja católica anda, já tinham me canonizado antes do primeiro milagre.(Dizem que eles estão farejando esse tipo de entidade superior). Desculpem, não quis ser cínica. O problema é que sempre acabo assim, com gosto de limão na boca, então, saio por aí a procura de açúcar. O bom dessa parte é que sempre acho. E à noite sempre tem uma caipirinha esperando por mim!
Bom meninos, pessoas lindas e maravilhosas, espero ter sido de ajuda.
Não? Então vai procurar uma mãe de santo. Vai se benzer, por que como diz minha avó, queridíssima e loiríssima, (que supostamente pegou "emprestado" meu delineador de cachos) teu mal é fome!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SE... (Maldita palavra)







Na última postagem eu falei sobre a minha palavra favorita, agora eu quero falar sobre, na minha opinião, a pior palavra que já inventaram.
Vamos ver, tenho em minha mente várias palavras que podem ser consideradas horríveis:
Pedofilia, eu a acho asquerosa.
Ira, dessa eu tenho medo. Nunca a senti totalmente, mas não quero experimentá-la. Para mim é uma questão de descontrole.
Miséria, dessa eu sinto revolta.
Mas para mim, a única palavra que me dá medo, revolta e da qual sinto asco é o SE.
OK, eu explico.
Vamos analisar essa simples palavra, simples, ingênua, pequenina e, indo fundo, traiçoeira.
Formulem, mentalmente, uma frase com SE, VEJAMOS:
Se eu tivesse feito isso...
Se aquela pessoa tivesse ligado...
Se eu tivesse ficado calada... (aliás, essa eu uso muito)
Só para começar, percebam, o SE faz parte de um pretérito imperfeito. Usando o SE no passado você sempre vai lembrar de um erro, de uma coisa não realizada. Assim, será um passo, para passar uma hora, uma tarde, um dia, um ano, ou então, uma vida inteira se lamuriando por aquilo que fez ou deixou de fazer.
Mas, vamos deixar o passado em paz. Vamos pensar no presente.
Prontos? Formulem sua frase, com o SE, no futuro.
Se ele fizer isso eu consigo...
Se isso acontecer eu...
Se isso der certo...
Perceberam? Em todas essas frases você esta condicionando os fatos, as ações a algo.
É como se sua felicidade dependesse de algo e não de você. As pessoas insistem em condicionarem sua felicidade e, principalmente, sua vida a algo.
Para mim, condicionar a felicidade a algo é o mesmo que castração. E olha que eu não tenho nada o que castrar não.
Agora, percebam algo mais:
Você deveria SE alimentar melhor.(olha que frase banal)Presta atenção, o SE aí se refere a quem? Exatamente, a VOCÊ. Perceberam? O SE só serve para enxergar o passado com arrependimento e condicionar você a algo, além dele se referir, na verdade, a você. (que palavra perigosa) É claro, ele não é de todo mal, me ajudou nessa frase aí de cima.
O SE é necessário, seve para enxergar um erro e os obstáculos que estão por vir, porém, cuidado, quando você o utiliza em demasia é por que algo esta errado.

sábado, 23 de abril de 2011

OI?


- Oi
Oi, essa é minha palavra preferida, oi...
Depois do OI vem tudo, quem sabe um não, um sim, um vá se daná, mas sempre vem alguma coisa.
O Oi é um pontapé, é o começo, é a primeira coisa de muitas...
Não sejam safadinhos. Estou tentando algo sério, mas acho que não vou conseguir.
Talvez, vou tentar.
OK, acho que consigo, mas é melhor falar na minha língua.
- oi!
- oi.
Reparam na diferença dos pontos?
O cara da exclamação esta empolgado, a garota nem tanto.
- oi.
- oi?
Olha só para essa, o cara do ponto final esta desanimado tentando arranjar conversa pra passar o tempo, e a garota da interrogação esta distraída, pensando se pede mais uma cerveja, ops, essa sou eu.
Quer ver outra?
- oi?
- oi!
A garota, a da interrogação acima, estava distraída e viu alguém que ela não queria ver. Ao contrário do carinha da exclamação, que havia muito ligava pra ela, mas, estranhamente, é claro, o celular estava sempre desligado ou ninguém atendia.
Olha só essa:
- OI!
- OI!
Perceberam? Esses dois aí de cima, eles realmente queriam se ver. Talvez tivessem marcado um encontro, ou aquele amigo pentelho, que adora dar uma de cupido, fez isso por eles.
Mas, deixando a análise de lado, isso tudo foi pra dizer que: eu adoro o oi.
O OI é simples e indisfarçável. Aliás, tudo que é simples é indisfarçável.
O olhar, o toque sutil e o suspiro.
E tudo isso só pra dizer:
PRESTEM ATENÇÃO NO OI, sabe por que?
Porque se começarem a prestar atenção em algo tão simples é possível que prestem atenção no resto. Na pessoa e no que ela quer dizer, porque um OI nunca é só um oi.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ein Wenig Wasser





Quando ela colocou Cazuza para tocar uma sensação estranha lhe tomou conta. O sol forte se espalhava pelo quarto, a lição de alemão cobria o chão, sentada próxima ao som, com os olhos um pouco fechados, ela repetia:
- Ein wenig wasser!
A boca não estava seca, nem a garganta pedia, mesmo assim essa frase tinha se apossado dela:
- Ein wenig wasser!
Os dias passavam, um aperto no peito prolongava a sensação de peso. Ao olhar para o horizonte ela enxergava a luz, não eram só carros, prédios, pessoas, era a luz.
- Já misturou vinho e azeite?
- Pensei que fosse água e azeite.
- Não, eu quero dizer vinho e azeite. Sabe molho pra salada?
- Não, eu nunca preparei nada. Mas já devo ter comido algo assim.
- Como a água o vinho não vai se misturar com o azeite, mas água não tempera salada.
- Aonde você quer chegar?
- Isso que você esta sentindo agora, é vinho com azeite.
- Vai ter que se esforçar mais, ainda não entendi nada.
- Mas poderia ser água com azeite. Às vezes você se sente no meio de um conflito, sabe? Às vezes agente não sabe se esta feliz ou triste. Pensa comigo. O vinho é como a felicidade, é suave, quem sabe intenso, te deixa leve, bêbado, e no final tem aquela sensação boa, sensação de prazer. O azeite é denso, ele vai ficar no fundo, é pesado, talvez seja a tristeza. O fato é que juntos os dois temperam muito bem uma salada. Mas faz o seguinte, troca o vinho pela água. Água não tempera salada, a água não tem gosto. Imagine a vida como uma salada, a tempere com azeite e vinho, você precisa dos dois pra viver, então é só desfrutar da vida e come-la feito uma salada.
- Você é louco.
- E digo mais, salada faz bem. Não engorda, ajuda o intestino a funcionar, e além de tudo deixa a pele uma maravilha. Olha só, pensando assim, você não só vive bem pra burro como também, mantém a pele bonita, o intestino limpo e aduba o mundo.
- Antenor
- Que foi?
- Eu não sei preparar molho pra salada, e nem gosto disso.
- Se preocupa não minha amiga, quando você sair do hospital eu te ensino. Agora você vai me prometer desistir dessa ideia de jogar a salada no lixo.


Ein Wenig Wasser - Um pouco de água

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O tempo passa e corta feito navalha, aos desavisados cuidado!





Não esperem muito de mim, eu mesma não espero, não gosto de esperar, na verdade odeio.
O tempo nunca me pediu desculpas por não ter me avisado, e eu nem eu mesma parei para perguntar que horas são. Culpa minha. Minha máxima culpa por não prestar atenção aos avisos, que deveriam, mas não estavam cobertos com tinta verde neon, piscando no escuro e brilhando, enquanto eu estava de olhos fechados. Enquanto assistia à sessão da tarde e pensava ser possível escrever e dirigir ao novo “Clube dos Cincos”. Eu deveria ter parado de acreditar na Xuxa quando ela dizia: “tudo é possível é só querer”. Deveria também me esquecer que o tempo existe e que o passado se faz presente. E deixar de acreditar que a esperança é a última que morre, quando na verdade é a primeira que mata. Alguém já disse isso? Talvez não com essas palavras.
Quando? Onde? Por quê? Como? Quem? E é claro: O que? Eu?
- Duas doses de whyski, por favor! Quero morrer com dignidade, me traz um verdadeiro Scotch, 18 anos, não quero problemas com o juizado de menores!
Me lembro como hoje, na verdade, me lembro de muita coisa, de um tempo em que minha casa cheirava a xarope! Quem não se lembra da infância que cheira a xarope? De morango, de uva, de... .
Eu sempre repito para mim: Pra frente SS, a coisa vai melhorar! Avante SS, existe algo do lado de lá! Vamos lá SS! E então, eu grito: SS, SS, SS, que porra é essa? Por que tem que ser assim e não assado? A verdade é que sempre preferi as coisas assado. Assim é fácil, sempre é assim!
Um veneno para curar meus males. Uma cura imediata para a dor, a morte na certa, as pragas tem que ser exterminadas. Veneno para vermes, insônia mata, cura e distrai.
Já se sentiram alheios ao mundo? Como se estivessem em outro lugar, menos aqui? Já foram ao supermercado e se perguntaram: Onde estão os Doritos Sweet Chili? Por que depois dele o outro não tem gosto. Já se depilaram com satinelle? (Nem queiram.) Já pararam na frente do espelho e disseram: Meu Deus, por que eu tô assim? Já se perguntaram: Aonde vai parar essa dor? Por que dentro do coração ela não vai caber! E o último e mais importante: Onde esta Wally? Quem nunca na vida se fez uma dessas perguntas, faça seu primeiro comentário.
Eu sei ser provável que você nunca leia isso, mas eu preciso dizer:
- Não quero mais!
Daí então, eu chamo o garçom e digo:
- Um antiácido pra curar essa azia, mais um antiácido pra curar essa azia. Aproveita e traz a conta. Eu preciso de ar.
DE AR PRA CURAR ESSA AZIA, DE AR PRA SENTIR VIDA, DE AR, DE TEMPO, DE ALGO ALÉM DE MIM QUE NÃO SEI EXPLICAR. Talvez de vida! Mas que merda, é sempre isso: VIDA.
A verdade é que, quando eu me pergunto: Onde esta Wally? Eu quero dizer: Onde estou?

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Jogo dos 7, seven, sieben, sept, sete.





O Joguinho dos sete. Nunca escrevi nada sobre mim aqui, resolvi então, participar desse jogo que Instantes antes de dormir me indicou.

7 Coisas que tenho que fazer antes de morrer.
- Escrever um livro.
- Convencer o papa que casamento gay é uma boa.
- Zoar o Eyke Batista, afinal o cara é lindo, charmoso, gostoso, RICO, mas leva cangaia da Luma de Oliveira. (vê se pode, santa incompetência. Se papai do céu tivesse me feito assim, eu num era corna nunca! Gente que maldade, Tô me sentindo PÉEEEESSIMA!!!)
Continuando:
- Fugir com um negão, só pra descobrir a sensação! (Não, espera, isso é o que certa prima minha faria.) Já sei: - Andar de short e meia pela Avenida Paulista, escutando Here comes the Sun, enquanto chupo picolé de manga (talvez sorvete). Tá, dessa vez eu falo sério: - Sair na banda de Ipanema no Carnaval do Rio, satisfeitos agora?
- Assistir a ópera Turandot no Teatro Scala, depois correr pra Amsterdã e vocês sabem o que..., ha gente o que se faz em Amsterdã? (menos fumar maconha, né?!)
- Ensinar tudo que sei para alguém que amo muito.
Sétimo e último:
- Um dia antes de morrer andar descalça na grama e colher, com a sola de meus pés, o orvalho da madrugada. (Fiz isso quando tinha cinco anos de idade, na tentativa de me curar de uma doença. A coqueluche foi embora, porém, fui absorvida pela necessidade constante de uma vida em poesia. Bendito orvalho. Maldita necessidade!)

7 Coisas que mais digo:
- Não fui eu!
- Mentira?
- Uma cerveja!
- Vê mais uma, por favor!
- P. Q. P.
- Eu quero!
- Me dá ou Dá pra mim! (Tem diferença se agente inverter? Safadénhooossss!)
Posso colocar mais uma? Claro que posso meu bem, afinal, as resposta são minhas, o teste é meu, o blog também. E se você não gostar, Eu quero que você vá pra P. Q. P., afinal, Não fui eu que mandei você vir aqui Me dá raiva. Agora se você quiser ir ali tomar Uma cerveja e conversar sobre isso, te convenço a Dá pra mim, enquanto eu digo para o garçom: Vê mais uma, por favor!!!! Tá achando Mentira? Quer apostar que consigo?
Oitava e última:
- TE AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!

7 Coisas que faço bem: Facín Facín!
- Dizer besteiras. (Deu pra perceber? Num me diga!)
- Fazer Besteiras.
- Fazer amigos em boates Gays! (Aqui eu sou profissional!)
- O melhor misto quente do mundo é o meu.
- Desenhar pés e mãos. (Nem me pergunte por que pés e mãos, só sei que tenho o dom.)
- Falar sozinha.
- Ouvir. (É meus queridos, eu sei ouvir como ninguém. Se precisar de um ouvido amigo, conte comigo! Eu também sei rimar um pouquinho.)

7 Defeitos. Opá, finalmente um desafio. Aqui eu vou levar um tempão! Entenderam né?!
- Falta de memória.
- Desatenta. (Será que o primeiro complementa o segundo?)
- Teimosa. (Como toda taurina)
- Materialista. (Como toda taurina que se preze)
- Orgulhosa. (Como uma verdadeira taurina)
- Preguiçosa. (como uma taurina)
- Gulosa. (Adivinha?!)

7 Qualidades:
- Elegante. (Como toda taurina)
- Charmosa. (Como toda taurina)
- Sensual. (Como toda taurina)
- Fiel. (Como toda taurina)
- Honesta. (No show da Ivete o rapaz do isopor me deu uma nota de Cinquenta por engano, o que fiz? Devolvi, né bem!)
- Companheira.
- Polivalente.

7 coisas que amo:
- Os personagens do F. Scott Fitzgerald.
- Os Filmes do Almodóvar.
- Ler poesia em voz alta.
- Queijo.
- O som da chuva.
- Um certo alguém.
E acima de tudo:
- Minha família. (Pensou que eu não fosse falar né? Te conheço!)

7 Personas pra repetir isso aqui:
- Caoz Calmo.
- Preso no repet.
- Barquinho na Correnteza.
- Viva a Vida.
- Barriga da Baleia.
- Bolhas de Sabão.
- Fragmentos do Cotidiano.

Ok meus queridos, volto próxima semana! Um beijão, bando de tentação! (Num disse que sei rimar um pouquinho?!)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Insônia Criativa: "Aline and Me"



Aline pouco se conhecia, na verdade nem a ela e nem o que lhe rodeava. Tudo tão perdido e vasto. Todas as coisas lhe cercando e lhe tirando o fôlego, lhe sufocando. Aline passa pela rua e observa o acumulo de pessoas do outro lado da rua, alguém ao chão, um corpo e pessoas em volta. Na verdade aquela é Aline, jogada ao chão, sua cabeça a falhar, seus olhos quase abertos buscando um tanto qualquer de luz, mas as pessoas estão lá. Elas estão ao seu redor, lhe sufocando e lhe negando a luz, que naturalmente devia chegar aos seus olhos sem que ela precisasse fazer o mínimo de esforço. Mas eles estão lá, e continuam lá. Será que imaginam que ela gostaria de luz e ar?
O ônibus passa e Aline passa com ele, o corpo no chão ainda lhe acena com o olhar, ela não responde e o ônibus segue seu curso. Dois minutos até a próxima parada, ela deveria parar aqui, mas isso não faz seu estilo. Um pouco mais para pensar, por um instante o cheiro de doença, que lhe era comum na infância. Poderiam pensar que ela não gosta desse cheiro, mas é libertador para Aline pensar que o que lhe consumia antes era mais fácil de curar.
Talvez, se ela não tivesse soltado minhas mãos naquele dia de chuva, naquele dia em que a luz chegava naturalmente até seus olhos, mas Aline fez questão, ela simplesmente tirou suas mãos das minhas, ainda tentei evitar, ainda a olhei pedindo silenciosamente que não.
Tento não pensar, de quem são as mãos que Aline insiste em segurar. Gostaria de lhe apertar os dedos lhe dando conforto, pedindo que se afaste do passado que lhe perturba e lhe possui. Tudo em vão. A única coisa que me resta então, afastar as pessoas de seu corpo jogado ao chão. Elas abrem caminho para mim, consigo enxergar seus olhos sob a luz, um pequeno raio que lhe faz abrir mais os olhos. Finalmente consigo ouvir a respiração de Aline, um suspiro. Minha orelha encostada em seu peito. Um pequeno sorriso em seus lábios. Aline desceu do ônibus, eu continuo tentando em vão lhe segurar novamente as mãos.