Quando Carlos entrou no bar foi logo pedindo:
- Uma dose de whisque, mas com pouco gelo. Se não
estivesse fazendo tanto calor pedia um cowboy.
A garçonete já conhecia o pedido, o cliente e o mau
humor. A garota caminhou em direção ao balcão e ela própria serviu a dose de
seu cliente preferido.
- Tá aqui Cacá, duas pedras pequenas de gelo. Do seu
gosto?
Carlos sorriu, a ruiva era encapetada, fazia cara de
esnobe o tempo todo e parecia que não ia com a cara dele. Mas Cacá gostava
dela, ele gostava do olhar e do cheiro adocicado que ela deixava quando passava
pela sua mesa.
- A dose
perfeita! Garota, se eu desse em cima de você, você sairia comigo?
- Se você desse em cima de mim enquanto eu trabalho
eu chamaria o gerente.
- Se eu desse em cima de você fora do bar?
- Se você desse em cima de mim fora do bar teria que
esperar o meu expediente acabar e você nunca fica até o bar fechar.
- Se você me desse seu telefone eu não precisaria
esperar.
- Se você esperasse eu até que pensaria na
possibilidade de te dar meu telefone.
- Se eu esperar eu pego seu telefone e você aceita
uma carona pra casa?
- Se você esperar e me oferecer uma carona pra casa
não vai poder beber essa dose de whisque. Não entro no carro de ninguém que
está bebendo.
- Se você aceitar minha carona pra casa, agora, eu
jogo essa dose de whisque fora.
- Se você não beber não vai poder ficar no bar e o
gerente vai me culpar por isso.
- Garota, eu odeio essa palavra, este SE. Eu VOU te
esperar, NÃO vou beber o whisque e VOU te dar carona pra casa.
- Você não vai poder ficar no bar se não beber.
- Garota, quanto tempo eu levo pra beber uma dose de
whisque?
A ruiva se inquietou, ela sabia quanto tempo, Cacá
era como um reloginho.
- Fala, eu sei que você sabe!
- Treze ou quinze minutos.
- Então, de quinze em quinze minutos pode trazer uma
dose nova de whisque.
- Não entro no carro de quem está bebendo!
- Quem disse que eu vou beber?
Era um prazer pra Cacá ver a ruiva ir e vir de
quinze em quinze minutos trazendo e levando as doses de whisque. Quanto mais o
tempo passava mais o sorriso da ruiva crescia e ela só começou a tirar os copos
velhos e ainda cheios da mesa, quando não cabia mais nenhum nela.
Quando o bar
fechou Cacá a estava esperando na porta.
- Vamos?
A ruiva parou, sorriu e disse:
- Você podia ter bebido suco, refrigerante, água...
- Se eu tivesse feito isso você não sorriria daquele
jeito.
- Pensei que você odiasse essa palavra.
- Odeio sim. Mas, às vezes, a gente tem que usar.
Concorda?
- Se você for me dar carona tem que ser agora, estou
cansada!
Eu estava fazendo essa mesma pergunta, rs..
ResponderExcluir"- Você podia ter bebido suco, refrigerante, água...
- Se eu tivesse feito isso você não sorriria daquele jeito."
O que importa é o sorriso né?! =)
Beijo
Adoreeeeeeeeeeeeei, Suuu!!
ResponderExcluirEsse Cacá é um baita de um danado.
Não sei por que, mas adoro essas cafajestices todas. Muito massa.
Tu é demais, mulé...
Beijo!
TE AMO!
Say